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religião de Paulo?





 (  PARTE  6   DE  12  ) :





 Paulo destrói os ensinamentos de Cristo, que a paz esteja com ele!!





  cristo disse:


 Mateus 5:17





 Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.





 Como Paulo transformou o cristianismo de uma mensagem celestial em uma mensagem sacerdotal?!


 





Paulo, o Falso Apóstolo


Sei que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste mentirosos. - Apocalipse 2, 2





Os Apóstolos são os discípulos mais famosos de Jesus. Há uma certa controvérsia à volta dos seus nomes, mas aceita-se geralmente que eram Pedro, João, Tiago (Maior), Tomé, Simão, André, Filipe, Tiago (Menor), Mateus, Bartolomeu, Judas Tadeu e Judas Iscariote. Isto de serem doze é bastante significativo. Doze tribos de Israel, um Apóstolo para cada uma. O próprio Jesus falava de doze tronos no Céu, um para cada Apóstolo que ele escolheu.





Quando Jesus morreu e Judas se suicidou, os Apóstolos viram-se numa situação delicada: sem Mestre e sem um dos Doze. Percebiam que o número doze era importante, por isso trataram de escolher um substituto para Judas, impondo um critério de selecção: o escolhido devia ter seguido Jesus desde o dia do seu baptismo até à sua morte (Actos 1, 21-22). Nomearam então dois homens: José, chamado Barsabás, o Justo e Matias. A decisão final foi deixada ao Espírito Santo: tiraram à sorte e a sorte coube a Matias. Matias é portanto, décimo-segundo Apóstolo que veio substituir Judas Iscariote.





E que é feito de Paulo, "o maior de todos os Apóstolos"? Pois é. A História dos Apóstolos de Jesus não tem espaço para ele. Se deixarmos de lado as presuposições e analisarmos os factos, torna-se quase impossível entender como é que ainda hoje se junta Apóstolo e Paulo. Ou Santo e Paulo.





Apesar de não ter sido nomeado por Jesus, nem cumprir os requisitos posteriormente impostos por Pedro, Paulo apresentava-se sempre como sendo um Apóstolo. É pertinente recordar aqui algo que Jesus disse: "Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro." (João 5, 31) E na verdade, para além de Paulo há apenas uma outra pessoa que lhe atribui o título de Apóstolo: Lucas, autor de Actos dos Apóstolos. Mas Lucas era um discípulo de Paulo, logo não é surpresa que trate o seu professor pelo título que este prefere.





Paulo era um homem inteligente. Sabia que os argumentos de autoridade contam, e por isso acompanha sempre a sua apresentação pela autoridade de Deus (algo do estilo "apóstolo não pelos homens mas por Jesus Cristo"). Se "Deus" lhe deu uma missão através de uma visão (uma visão bastante questionável, por sinal, já que nem o próprio Paulo a relata de maneira coerente) quem o pode desafiar? Mas ao contrário da visão, que só Paulo teve, as palavras de Jesus foram ouvidas por muita gente. Todos os que o ouviam sabiam quem eram os Doze Apóstolos.





Paulo chega mesmo a utilizar Escrituras, aplicando antigas profecias a ele próprio, nomeadamente Isaías 49, 6: "também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra." (Actos 13, 47-49) O problema com esta profecia é que se aplicava apenas a Isaías. Não a Paulo.





Portanto, até agora Paulo tem uma questionável missão "divina" e uma falsa profecia. Que mais? Ah, sim. O grande ego e a auto-adoração. Paulo achava-se, de facto, superior aos outros Apóstolos (os verdadeiros). Chega mesmo a dizer que "trabalhou muito mais do que eles" (1 Coríntios 15, 10), e fala de Tiago, Pedro e João dizendo que "pareciam ser as colunas", mas que a ele nada lhe acrescentam (Gálatas 2, 6-9). Não há em todo o Novo Testamento nenhum autor que use a palavra "eu" com tanta frequência como Paulo.





Mas a derradeira prova da falsidade deste "Apóstolo" vem de João, ou melhor de Jesus através de João. João escreveu o Apocalipse. A data exacta não se sabe, mas é bastante provável que tenha sido escrito durante a "missão" de Paulo. Se Paulo era de facto um grande Apóstolo, não há nenhuma palavra sobre a sua grandeza nesta Revelação. Há contudo, uma referência ao seu trabalho.





Logo no primeiro capítulo a aparição de Jesus diz a João que escreva o que vê num livro e o envie às sete igrejas na Ásia. Prossegue então com uma mensagem para cada uma das Igrejas. A mais relevante para o caso é a primeira, para a de Éfeso. Diz o seguinte:





"Conheço as tuas obras, o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos. E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. [...] Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." (Apocalipse 2, 2-7)





Tem-se conhecimento apenas de uma pessoa que se dirigiu à Igreja de Éfeso dizendo ser Apóstolo:





"Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus" (Efésios 1, 1)





Como se isto não bastasse, existe também este pequeno desabafo de Paulo ao seu amigo Timóteo:





"Bem sabes isto, que os que estão na Asia todos se apartaram de mim." 


(2 Timóteo 1, 15)





E onde é Éfeso? Na Ásia.





Também Lucas fala sobre a dificuldade de aceitação que Paulo encontrou em Éfeso. No capítulo 19 do livro dos Actos dos Apóstolos relata o sucedido. Paulo persuadiu alguns dos homens (doze, de acordo com Lucas) a deixarem o baptismo de João (convém lembrar que Jesus procurou o baptismo de João) e deu-lhes um outro baptismo "em nome de Jesus Cristo". Ensinou ali durante alguns meses, mas a maioria das pessoas rejeitaram os seus ensinamentos e falavam contra eles em público. (Actos 19, 1-9)





Então o que temos aqui? Paulo disse, "sou um Apóstolo, este é o Evangelho". A Igreja de Éfeso disse-lhe, "vai-te embora".



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